Lua de Sangue- Quadragésimo Primeiro Capítulo

            
   Caio de costas no chão, perdendo o ar por alguns minutos, mas logo me levanto e invisto contra Lissa, que desvia de meu soco.
    Jogo mais sementes a minha volta, fazendo com que cresçam e se tornem pequenos soldados.
    Elas se levantam, andando rapidamente até Lissa, soltando seu veneno, me protegendo, mas Lissa usa seus poderes, criando uma lufada de vento que leva o veneno de minhas plantas para longe.
    Corro em zigue zague, dificultando sua mira enquanto ela tentava me acertar com suas bolas de poder, estava começando a me cansar, mas preciso que ela se canse mais do que eu, então paro, fazendo com que terra passe por cima de minhas botas e se sujem, concentro-me na terra e nas raízes que estão nela, fazendo com que se tornem resistentes como aço, torcendo-as para fora da terra, prendendo os pés de Lissa.
    Sorrio.     
    Preciso vencer essa luta, preciso mostrar para ela que sou boa em controlar meus poderes, quero muito voltar a poder manusear o fogo.
    Lissa se contorce e tenta se soltar, mas não consegue.
    Tento me aproximar dela, mas é impossível, a cada passo que eu avanço, corro o risco de levar uma de suas bolas de poder e perder um olho.
    Mesmo parada ela me ataca com força total, atirando luzes azuladas em minha direção. Meus braços estão cheio de pequenas queimaduras de suas investidas, os nervos de minhas coxas latejam, ameaçando me derrubar, mas consigo desviar da maioria de seus ataques.
    Penso desesperadamente em uma maneira de fazer com que o veneno de minhas plantas a atinja e urro frustrada quando minhas tentativas falham.
    Crio um escudo de raízes a minha volta, não é uma coisa inteligente de se fazer, me colocar em uma jaula de propósito, mas é a única maneira de me proteger e pensar sem ficar correndo de um lado para o outro, desviando de suas investidas.
    Me encosto nas paredes de raízes e encaro as luzes azuladas quando se chocam com minha jaula, fazendo um barulho de explosão sempre que isso acontece.
    Meus pulmões começam a arder então continuo respirando fundo e rapidamente, tentando não pensar nas explosões que se chocam contra meu abrigo.
    Arranco minhas botas e piso na grama molhada.
    Molhada.
    MOLHADA.
    Sou obrigada a abrir um sorriso de orelha a orelha ao me deparar com isso.
    Lissa disse que eu deveria fazer com que o veneno a apagasse, mas não disse como, não disse que eu não poderia usar outro elemento para conseguir isso.
    Me concentro nas gotículas de água que estavam na terra, juntando-as e criando uma enorme bolha.
    Desfaço de minha barreira e volto a correr em zigue e zague.
    Soltando o veneno de minhas plantas no ar e fazendo com que a água se torne vapor, neblina. Cegando Lissa.
    Sorrio quando não posso ver mais um palmo em minha frente, somente a luz azul das bolas de Lissa zunindo perto de mim.
    Deixo a neblina cada vez mais densa, multiplicando os átomos e criando um lençol branco entre mim e ela.
    Uso uma rajada de vento para levar o veneno através da neblina para Lissa, que mal deve notar.
    Espero enquanto continuo a desviar, até que elas se tornam menos frequentes e ouço tosses vindo do outro lado da neblina.
    Consegui consegui consegui consegui consegui.
    As gotículas de água se desfazem e caem no chão, tornando a terra seca em lama.
    Caminho em passos largos até Lissa que está caída no chão, ainda presa a minhas raízes.
    Me ajoelho ao seu lado e a olho sorrindo.
    Ela está quase apagada.
    Eu venci.
    Eu só não esperava que uma bola de poder atravesse meu peito, me apagando.
 
                                                                                  ⛤⛤⛤   
 
    Abro meus olhos devagar, apesar de já ter me acostumado com a claridade constante.
    Passo meus dedos pelo meu peito, onde fui atingida. Ainda está dolorido, mas está inteiro.
    Me levanto e ando lentamente até o banheiro, onde lavo meu rosto.
    Eu ganhei, mas perdi também.
    Apoio minhas mãos na beirada da pia e encaro meu reflexo, quase não consigo me reconhecer.
    Minhas narinas se inflam quando estou com raiva, minhas olheira são enormes, minha pele cada vez mais translúcida me faz parecer um fantasma, um fantasma raivoso.
    Me encaro com raiva e mordo a língua para não gritar comigo mesma.
    Saio do banheiro pisando duro e corro escada abaixo, saindo para o quintal sem me importar com os protestos de Lissa.
    Preciso explodir alguma coisa.
    Tateio meus bolsos e vejo que ainda há sementes nele, eu os esvazio e as jogo por todo quintal.
    Fazendo-as crescer.
    Logo meu jardim está parecendo uma selva.
    Passo meus dedos em todas elas, suas folhas ásperas machucam meus dedos, fazendo cortes minúsculos que logo se cicatrizam.
    Seguro caule de uma delas e faço com que ela fique da altura de minha casa, fazendo com que sua espessura tenha a minha largura.
    Caminho até minha cozinha e pego a maior faca que encontro, levando-a comigo para fora.
    Golpeio o caule da planta gigante com toda minha força, enquanto gritos de frustração saem por meus lábios.
    Sinto o olhar de Lissa me queimar, mas não paro.
    Arranco um enorme pedaço de seu caule.
    Tento descontar toda minha raiva naquela planta estúpida.
    Mal noto as lágrimas quentes que caem de meus olhos e molham minhas bochechas, lágrimas de raiva e tristeza.
    Sinto mãos segurarem as minhas, me obrigando a parar.
    Seus braços me envolvem em um abraço quente e forte, não é o abraço de quem eu gostaria, mas é bom.
    Lissa se senta no chão comigo ao seu lado, seus braços me apertando enquanto choro escandalosamente.
    Porquê Leon tinha que morrer, porquê eu aceitei ser rainha, porquê eu não matei Max quando tive a chance, até por que eu tive várias.
    Porquê eu sou quem eu sou.
    Não passo de uma garotinha assustada e triste, com quase todas as pessoas que eu amei um dia mortas.
    Enterro meu rosto em minhas mãos, tentado não gritar ainda mais.
   -Por que não o salvou:?- digo entre dentes -porquê salvou a mim e não a ele?!
   -Você vai entender quando chegar a hora- ela diz
   -Ao inferno você Lissa, tinha que ter salvado ele, deveria ter matado Max também.
   -Você vai entender quando for a hora chérie.
   -Foda-se- esbravejo me levantando.
    Marcho até a porta, matando todas as plantas que eu havia criado.
    Ando até meu fogão e ligo todas as bocas, o fogo parece chamar por mim.
    Controlo-o e o carrego comigo para fora.
    Lissa me encara sem dizer nada.
   -Agora nós vamos treinar com ele- digo, o fogo dançando entre meus dedos -e por favor, não faça protestos.
    Lissa se levanta e com um estalar de dedos, os cadáveres de minhas plantas mortas se tornam pó e somem com o vento.
   -Eu disse que só iríamos treinar com o elemento que você tivesse mais afinidade se você me vencesse e me apagasse com o veneno mortal de suas plantas- ela caminha até mim em passos lentos.
   -E eu fiz isso- digo entre dentes, o fogo cantando por entre meus dedos.
   -É por isso que vamos usá-lo- Lissa aponta para as chamas que crescem ainda mais em minhas mãos.
    Sorrio e me preparo para lutar.
   -Mas não agora chérie- ela diz, cortando o meu barato.     
    Pisco algumas vezes para entender que ela está falando sério.
   -Por quê, não?
   -Você vai botar fogo na casa se treinarmos aqui- ela diz fechando a porta de minha casa -aliás, quero te levar a um lugar.
   -Eu estou morta Lissa, não posso ir a lugar algum.
   -Você também está na minha cabeça mon amour, então podemos ir aonde eu quiser- ela diz com um sorriso debochado -agora se apresse.
    Reviro os olhos, mas mesmo assim faço com que o fogo se apague e sigo Lissa pelo rio que passa por trás de minha casa.
   -Vamos correr um pouco, okay?- ela diz assim que andamos uns bons quilômetros e antes que eu possa dizer qualquer coisa, ela começa a correr em alta velocidade, o zíper de sua jaqueta preta ricocheteava em sua calça, fazendo um  barulinho irritante, mas ela mal parecia se importar -acha que pode me alcançar chérie? -ela grita rindo, sem parar de corre.
    Sorrio e corro atrás dela, mas sem usar minha velocidade sobrenatural, apenas correndo por diversão.
    O vento batendo em minha cara faz com que eu sorria ainda mais, meus cabelos ruivos voavam soltos, colando em meu rosto hora ou outra.
    Me sentia livre assim, um pouco feliz até.
    Selvagem.
    Essa é a palavra que define com exatidão como eu estou me sentindo agora, correr em alta velocidade, sem me preocupar em cair, sem me preocupar com mais nada.
    Apenas sentir o vento zunir em meu ouvido, assim como as batidas estranhas de meu novo coração, meus pulmões arderem como minhas coxas, meu cabelo ao vento, risadas ecoando pelo bosque exageradamente bem iluminado.
    Lissa ria como uma idiota assim como eu, pulando de algum tronco caído pelo chão, desviando de algum galho ou árvore, correndo sem parar.
    Os cabelos marsala e compridos de Lissa voavam descontroladamente em suas costas enquanto seguíamos o cominho do pântano.
    Meus tornozelos sujos de lama nojenta enquanto eu corria, mas eu mal me importava.
    Eu só corria descontroladamente, sem pensar no buraco em meu peito deixado pela falta de Leon, sem pensar na dor, sem pensar no sofrimento, sem pensar em nada, só correr.
    Uma vez eu ouvi que quando nós vampiros corremos, é surreal, maravilhoso.
    Eu pensava que seria bom, mas não imaginava que seria como um analgésico para minha alma ferida.
    Eu não sentia dor, apesar de nunca ter me incomodado com ela, a dor era minha amiga, minha companheira nos meus dias mais solitários, ela era a única certeza que eu tinha na vida, a única coisa que continuaria comigo mesmo depois do fim.
    E eu estava certa, mas isso não é uma coisa ruim, é algo trivial para mim.
    Estar correndo sem parar junto de Lissa, pelo mesmo pântano que me levou a tudo isso não me deixava incomodada, mesmo que eu não confiasse nela, eu não confiava em ninguém e seria uma burrice minha confiar em alguém cegamente, eu não me sentia mal.
    Passamos pelos troncos caídos no lago brilhante, para a seguir pular na água simultaneamente, nadando para o outro mundo.
    Nós ainda estávamos completamente secas quando voltamos a correr pelos caminhos do Mundo Sobrenatural e apesar de entrarmos pelo mesmo portal, não estávamos em Sienna.
    Tudo era mais escuro, mais negro, mais cinza, como uma floresta que acaba de ter sido devastada por um incêndio.
    Árvores secas e enormes estavam nas entradas de um tipo de cidade, havia casa, mas não pessoas.
   -Cymopoleia- diz Lissa quando paramos de correr.
   -Reino dos Mortos? -digo enquanto andava ao seu lado, observando minuciosamente o chão e as casas abandonadas que estavam caindo aos pedaços, acho que nem se estivéssemos na real Cymopoleia, comigo viva, elas estariam sendo habitadas por quem quer que more aqui.
   -Sim- ela diz andando sempre olhando para frente -as pessoas não moram aqui a séculos, então não espere encontrar alguém aqui quando voltar a viver.
   -E porquê eu iria querer vir pra cá?- pergunto com uma risada
   -Porque quando você acordar, eu vou morrer- ela diz e eu a encaro com minhas sobrancelhas erguidas -eu fundi  nossas almas antes de Anika matar você, então parte de mim vai viver em você, você será parte de mim, e por consequência, será sua função ser rainha não só de Sienna, mas daqui também, meus poderes vão se tornar seus poderes, meu conhecimento, seu conhecimento, meu reino, seu reino.   
    Paro de andar e continuo a encará-la.
    Que ótimo! Além de ter de carregar o fardo de ser rainha de um reino, terei de ser rainha de dois! Quanta sorte, não é mesmo Sabine?!
   -Existem algumas criaturas vivendo aqui- Lissa diz me forçando a andar e me interrompendo sempre que eu tento perguntar alguma coisa a ela -demônios, ceifeiros, almas, dragões...   
   -Dragões?- pergunto
   -Um dos motivos pra eu ter te trazido aqui- ela diz com um sorriso torto.
   -Porque eu?- enfim pergunto 
   -Porquê você será muito poderosa Sabine- ela diz e eu rio, debochada -falo sério, você terá a família mais poderosa do Mundo Sobrenatural, será uma boa rainha... e eu gosto de você, um pouco.
   -Obrigada?
   -De nada- ela diz irônica -Sabine, sua alma não foi a única que eu fundi a minha, fiz com a de Leon também e... deixa-me terminar de falar antes de ter um ataque histérico! Eu não te contei antes porquê pensava que a dor era um de seus gatilhos para as ondas de poder, elas eram, mas não eram os gatilhos que eu precisava, com a dor você fica descontrolada, por isso estou te ensinando aos poucos, mas lembra quando eu disse que a vingança era a melhor motivação? Bom esqueça, não funciona com você, mesmo tendo parte de minha personalidade agora, não funcionou, então quero tentar outra coisa...
   -Se você disser amor eu acho que vou vomitar- digo encarando-a que ri.
   -Não- ela diz ainda rindo -determinação, parece funcionar com você, todas as vezes que você realmente precisava de algo, seus poderes fluíam de forma natural.
   -O que quer dizer?- pergunto pulando de uma poça de água acumulada no chão
   -Quero dizer que você precisa controlar seus poderes com perfeição se quiser voltar a ver Leon- sinto meu coração palpitar quando ouço seu nome, quando me imagino novamente em seus braços -se conseguir, pode voltar a vê-lo e poderá sair daqui e punir Max quando tirá-lo de seu trono.
   -Tá ai mais uma motivação- digo pensando em como quero fazer Max sofre por me ter feito sofrer.
   -Marie Anne consegui fazer Amaríles ficar de nosso lado, ofereceu treinamento para nossos novos soldados, suprimentos, armas e uma boa parte de seu batalhão.
   -Então quer dizer que temos uma guerra vindo ai?- pergunto temerosa.
   -Ela sempre esteve ai Sabine, ela só está prestes a acabar, com a nossa vitória.
   -O que mais está acontecendo lá fora?
   -Max criou novas leis, está ficando cada vez mais maluco depois que você morreu, Marie está tentando trazer os Lendários para nossa causa, tentando fazê-los acreditar que essa guerra irá atingir não só o reino de Sienna e Odile, mas o Mundo Sobrenatural inteiro, queremos pelo menos ter abrigos para os refugiados quando isso tudo estourar.
   -Temos muitos soldados?- pergunto seguindo Lissa por um caminho escuro.
   -O suficiente para o exército de Max, mas poucos caso ele tente se aliar a outros reinos, por isso estamos tentando fazer isso antes dele- Lissa caminha para um campo aberto, onde criatura enormes estão espalhadas, mas ela nem se importa com isso, continua a caminhar e tagarelar -Leon também está treinando, do outro lado da minha alma.
   -Outro lado da sua alma- repito -estranho pensar assim.
   -Isso só irá aumentar sua ligação, mesmo suas almas já estando ligadas de algum modo, depois disso você terão praticamente os mesmo pensamentos e extintos, apesar de eu ter separado minha parte poderosa somente para você...
   -Gentileza sua Lissa- digo e posso sentir nitidamente o sarcasmo da frase -mas que bichos são esses?
   -Dragões- ela diz sorrindo -criaturinhas egoístas essas, mas domáveis de criadas desde a nascença.
   -Naquele dia, em que Marie foi ferida no palácio de Milles, você disse que...
   -Eu sei o que eu disse, mas você não esperava que eu os colocassem em risco, existem cada vez menos dragões no Mundo Sobrenatural chérie, eles precisam de proteção e eu dei isso a eles e em troca...- ela pega seu colar cheio do líquido esverdeado, sangue de dragão -eles me deixam ter acesso ao seu sangue e ainda serão nosso elemento surpresa nos ataques contra Max.
    Uma das enormes criaturas se levantam, fazendo com que a terra sob meus pés trema a cada passo que ele dá a nossa direção.
   -Essa é Agluum- diz Lissa se aproximando ao enorme dragão -é uma Wyvern.
   -Wyvern?- repito encarando o enorme dragão bem a minha frente, ela tinha apenas duas pernas, uma longa cauda negra se estende fazendo com que o ar estale com seus movimentos, em suas asas enormes haviam pequenos buracos na pele.
   -É familiar?- ela pergunta estendendo a mão para encostar na cabeça do enorme animal.
   -Sim- consigo dizer, meio engasgada.
   -É a espécie que é usada nos brasões de sua família, ela está em quase todas as bandeiras dos corredores do palácio.
    Continuo a encarar a enorme cabeça, me lembrando brevemente da silhueta das cabeças de dragão estampadas na inúmeras bandeiras do palácio.
   -Eu não mordo- soa uma voz grandiosa em minha cabeça, me fazendo sentir arrepios e arregalar meus olhos.   
   -Ela está se comunicando com você?- Lissa me pergunta e eu afirmo com a cabeça frenéticamente -obedeça se ela lhe pedir algo.
    Engulo em seco e continuo a prestar atenção na imperiosa voz.
   -Você será minha senhora- afirmo com a cabeça com sua afirmação -a protegerei com a minha vida.
    Agluum encosta sua cabeça no chão, sem tirar seus olhos de mim.
   -Você é mais poderosa do que eu imaginava- diz Lissa ao meu lado
   -Por que?- consigo dizer mesmo estando hipnotizada por aqueles enormes olhos
   -Acha que dragões se curvam a qualquer um?- sibila Lissa -vá até ela e passe as mãos em sua cabeça.
   -Como é que é?
   -Rápido- ela diz me empurrando.
    Passo a ponta de meus dedos no couro de sua cabeça, sem desviar o olhar nem uma vez sequer.
   -Suba- ela ordena e engulo em seco antes de obedecer.
    Ando alguns passos para trás e salto sobre seu pescoço com minha velocidade sobrenatural.
    Aperto minhas pernas em volta do couro impenetrável de Agluum e tento me segurar de alguma forma.
    Sem qualquer aviso, Agluum salta e levanta voo, fazendo com que eu de um gritinho de medo e surpresa.
    Voamos alto o suficiente para eu enxergar os montes que separavam Cymopoleia e o reino vizinho Khione.
    O vento ameaçava me derrubar, mas eu o controlo para que eu consigo manter meus olhos abertos para continuar a observar com adoração o Mundo Sobrenatural.
    A brisa salgada passa por meu rosto, fazendo com que eu abra um enorme sorriso.
    Eu posso fazer isso, posso ser uma rainha.
    Depois de semanas eu sinto uma pontada de esperança, mas torço para que isso não me quebre.
 
                                                                                         
 
                              
    
 
 
                          

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