Lua de Sangue- Vigésimo Quinto Capítulo
Meus olhos ardem.
Meus pulmões ardem.
Meus braços ardem.
Minhas pernas ardem.
E tudo o que eu posso fazer é continuar a correr.
Não paro nem um segundo sequer.
Não olho para trás, então não sei o que corre atrás de mim, tudo o que sei é que é rápido, grande e pesado.
A pequena em meus braços, agora bem acordada, choraminga em meu peito que está escorrendo sangue, ela me mordeu ao menos quatro vezes. Isso não é nada bom, estou sangrando enquanto corro de algum monstro que me persegue, deixando um rastro evidente.
Pense Sabine, pense.
Viro-me rapidamente, sem parar de correr um minuto sequer, e vejo uma figura negra nos seguindo.
A cabana não deve estar tão longe assim, não é? Posso chegar até ela, Lissa e os outros deverão estar lá, mas parece que estou andando em círculos
Posso escutar a respiração da criatura chegar mais perto, tento correr mais, mas sinto que posso desmaiar a qualquer momento, mesmo com tantas descargas de adrenalina sendo disparadas em meu sistema.
A criatura uiva.
Um Lobisomem, eu aposto.
Tropeço em uma raiz de árvore.
Agarro a criança enquanto sou jogada um metro a frente.
Devo ter quebrado uma costela, sinto como se algo perfurasse meus pulmões, arfo enquanto algumas lágrima escorrem por minhas bochechas.
O lobo para poucos metros a nossa frente.
A bebê grita em plenos pulmões, agarrada em mim.
Tento focar no lobo, mas minha visão está turva.
É um lobo negro e enorme, seus olhos são azuis.
Ele chega mais perto e me cheira, encosta seu focinho na minha testa, tento não me mexer ao máximo.
Eu sinto o que ele sente, sinto os mesmos cheiros.
Está com raiva e medo.
Raiva da criança.
Com medo de ter me machucado.
-Leon...- digo baixinho, tentando não assusta-lo -s-sou eu... A bebê não me fará mal... estou bem
Isso não ajudou muito.
Ele sente cheiro de sangue.
-Tudo bem- sussurro -estou bem, ela não tem culpa... está com fome...
Ele quer mata-la.
-Não- sussurrando, mas firme -volte ao normal... precisa voltar... assim ficara tudo bem
Ele rosna.
-Leon...- sussurro
Seguro a bebê e acaricio seus braços gordinhos, ela ainda chora.
-Volte- digo tentando respirar, é como se o ar não chegasse em meus pulmões, quase não escuto a respiração dele e o choro do bebê, tudo o que escuto é o sangue pulsando em meus ouvidos -Leon...
-Ei, bastardo!- grita alguém - acho que sou uma presa mais apetitosa do que essa criança, não acha?
Não preciso nem olhar para onde essa voz vem para saber que é apenas Max sendo estúpido, mas afinal eu não sentiria sua falta caso Leon arrancasse sua cabeça.
Leon rosna e se vira para atacar Max, que sibila enquanto mostra sua presas.
-Pode vir cachorro- diz Max -não é como se você conseguisse me pegar...
Max anda um pouco para a esquerda, chegando mais perto de mim, Leon anda dois passo a frente, em sua direção.
-Está com medo de mim? Seria uma reação inteligente- provoca Max -você quer brigar? Então pode vir.
Max corre na direção pela qual eu acabara de correr e Leon o segue, em poucos segundos eu mal ouço seus rosnados.
Levanto devagar, ignorando a pontada de dor em meu peito.
Olho para a vampira que choraminga e vejo que está tudo bem, nem um arranhão.
Corro o mais rápido que consigo. Mancando e tropeçando hora ou outra.
Alguns segundos depois de correr em direção da cabana começo a sentir o cheiro vindo da floresta de eucalipto, estou quase lá.
-L-lissa...- tento gritar, mas o som não passa de um chiado.
Dou mais alguns passos e tento de novo.
-Lissa!- digo mais alto.
Consigo ver a cabana agora, só faltam mais alguns passos.
-Lissa!- consigo enfim gritar.
Por favor, que eles ainda estejam lá.
Pontos pretos aparecem em minha visão.
Sinto mãos ao meu redor, e outras tentando tirar a criança de meus braços, eu a agarro e começo a berrar, não posso deixa-la longe de mim, preciso protege-la.
-Sabine!- diz grita Lissa- Pare de esperniar e me de a criança!
-Não!- grito junto com a bebê -não vai tira-la de mim!
Sinto mãos em minhas cabeças.
-Durma, Sa...- sussurra Luna em meu ouvido.
Me sinto mole e luto contra a vontade de fechar meus olhos, ignoro a vontade de me deitar.
-Não- murmuro
Sinto meus braços começarem a ceder e meus olhos estão absurdamente pesados.
-Luna, não use seus poderes em mim- murmuro, eu acho.
Ela solta minha cabeça e braços me seguram, então encosto minha cabeça no ombro de alguém.
-A bebê...- tento dizer.
-Está tudo bem, Alteza- sussurra Aaron, é no ombro dele que estou encostada -você ficará bem.
-Me solte agora, Aaron- digo mole -ou enfio uma flecha na sua testa.
-Sinto muito- diz com um risada ressoando em seu peito -mas não posso te soltar, a não ser que a senhorita queira ficar caída no chão.
Seus passos fazem barulho ao pisarem no chão de madeira da cabana.
-Onde ela está- pergunto
-Lissa cuidará dela- diz Aaron subindo as escadas.
-Do mesmo jeito que ela cuidou de Max?- digo -ele estava na floresta, a propósito.
Ele prende a respiração por alguns segundo e sinto sua cabeça se virar para trás como se estivesse olhando para outra pessoa.
-Conversaremos depois.
-Leon tentou me matar- digo e sinto a tristeza invadir meu peito -não a mim, mas foi quase...
-Sinto muito- diz ele me colocando sobre a cama.
-Não importa- digo olhando enfim para ele e Lissa que está ao seu lado.
-Durma- diz ele saindo do quarto, Lissa vai até a poltrona empoeirada e se senta, me encarando.
-Não estou com sono- digo -só não sinto as pontas de meus dedos e mal sinto minha boca se mexer.
Dou uma risada sem humor.
-Como você está acordada?- pergunta Lissa
-Como eu vou saber?- digo encarando seus olhos.
-Era pra você estar apagada- diz ela
-Mas não estou- digo olhando o lado de fora da janela.
-A questão é, por que?- ela cruza seus braços sobre o peito -seu extinto maternal é bem forte, não é?
-É- digo -onde ela está?
-Com Luna, ela gosta de crianças- diz Lissa se levantando e vindo se sentar a beirada da cama -onde Leon está?
-Não sei- digo
-Claro que sabe- diz com uma risada debochada -vocês estão ligados, pode encontra-lo se quiser.
-Não sei fazer isso- digo irritada
-É só pensar nele- diz ela - preciso acha-lo, Sabine.
Respiro fundo e me concentro neste sentimento de raiva e agonia que vem dele.
Tento ver por seus olhos.
Vejo árvores, e o sol começando a nasce.
Sangue.
Muito sangue.
Mas ele não está ferido.
Ele olha para suas mãos, está na forma humana agora.
-Ele está na floresta- digo -tem um lago, mas é só isso.
-Já sei onde ele está- diz Lissa se levantando.
-Sabe?- digo a encarando
-Sim- diz
-Leve roupas- digo
-Claro- diz ela saindo.
-Eu vou com você- digo me levantando.
-Não- diz -você vai ficar ai.
-Você não vai me impedir- digo pegando uma das camisas xadrez de Leon e a jogo sobre meus ombros.
-Vou sim- diz.
Um brilho azulado aparece em suas mãos e então ela faz alguns movimentos com suas mãos, fazendo com que eu não consiga mexer meus pés.
-Lissa- esbravejo -me solte.
Ela caminha até mim, chegando bem perto.
-Não- diz ela, seu hálito faz cócegas em meu rosto.
Ela se afasta e sai pela porta.
-Lissa!- grito irada - Lissa! Me solte!
Nada.
-Lissa!
A bebê começa a chorar, então paro de gritar.
-Luna!- chamo
Passos suaves se aproximam das escadas, junto com o choro de uma criança.
Luna aparece na porta do quarto segurando a criança, que agora não está mais suja de sangue e terra.
-Me perdoe, Sa. Eu...
-Me de ela- digo sem olhar para seu rosto.
Ela caminha até mim e me entrega a bebê.
Seguro seu corpo frágil em meus braços e sorrio para ela, que para de chorar.
-Ela já tem um nome?- pergunta Luna se sentando na cama.
Um nome.
Ok, eu não tinha pensado nisso.
-Não- digo -me ajude a sentar?
Luna sorri e empurra a cama para mais perto de mim, para que eu consiga me sentar.
-Eu vou matar Lissa quando ela voltar, por ter prendido meus pés- digo me sentando ao lado de Luna.
Luna ri.
-Tem ideia de como devemos chama-la?- pergunto.
-Acho que você tem que resolver isso quando Leon chegar- diz ela simplesmente.
Torço o nariz.
-O que foi?- pergunta ela
-Leon queria matar ela- digo
-Ele estava na sua forma mais selvagem enquanto ele a viu com as presas fincadas no seu peito- diz Luna -é claro que ele iria querer matar qualquer coisa que te machucasse
Respiro fundo enquanto fecho os olhos.
-Você está com fome não está, pequena?- pergunta Luna para a bebê
Olho para ela, que está agarrada aos meus dedos e a blusa de Leon.
-Acha que ela quer sangue?- pergunto
-Não- diz Luna -ela é como você, uma vampira, mas que não precisa de sangue, não até sua iniciação.
-Interessante- digo olhando para Luna -sinto como se tivesse falhado de todas as formas desde que cheguei aqui, Cecile morreu por minha causa, assim como Sírinx, nem sei como traze-la de volta, não consegui descobrir o que aquela profecia idiota significa, não consegui achar a joia de Cibele, e agora Max está solto de novo, procurando por ela, isso se Leon não tiver matado ele, e...
-Sa- interrompe Luna- não se preocupe com isso, sua avó morreu pra proteger a todos nós, e vamos achar um jeito de descobrir o que aquela profecia quer dizer, e bom, a Joia vai ser fácil, já que Lissa sabe onde ela está, e tomara que Leon tenha pelo menos arrancado um dos braços de Max...
Solto uma risada, não uma risada bonita. Uma risada esganiçada, grotesca.
Luna me encara por alguns segundos antes de rir junto comigo e depois de levantar para buscar algo para a bebê comer.
Ela agora dorme em meus braços.
Eu a ajeito sobre a cama, arrumando as cobertas nas beiradas da cama, para ela não correr o risco de cair.
Eu a olho dormir, ela está dormindo profundamente, serena.
-Serena...- digo sorrindo - acho que achei um nome pra você...
Ela solta um pequeno bocejo, me fazendo sorrir.
Então sinto a pressão em meus pés sumir.
Olho para eles e não vejo mais as luzes azuladas que me prendiam no chão.
Olho pela janela e vejo Leon se aproximando junto de Lissa, que carrega Max em seus ombros.
Desço as escadas correndo, minhas costelas estão praticamente curadas, assim como as marcas de mordida em meu peito.
Abro a porta com um chute e corro até Leon, que está com cara de cansado.
Ele sente dor e culpa.
Ele mal olha para mim.
Eu o envolvo em meus braços e aperto minhas pernas em volta de sua cintura, suas mãos pousam em minhas costas.
-Me desculpa- diz ele
-Tudo bem- digo baixinho
-Sinto muito- diz, sua voz sai estranha
Afasto meu rosto de seu pescoço e olho em seus olhos.
Passo meu dedo para afugentar uma lágrima solitária que escorre por sua bochecha.
-Se fizer alguma piada sobre isso, jogo você no chão- diz em tom de brincadeira, mas posso sentir a dor que sua voz transmite.
Dou uma risada curta e encosto minha testa na sua.
-Eu te amo- diz ele de olhos fechados.
-Eu te amo- digo mais baixo que ele
Passo minhas mãos por seu pescoço, fazendo carinho em seu cabelo.
-Se vocês continuarem assim, vou vomitar- diz Max
Sinto vontade de soca-lo, mas me contenho, pois Leon parece não se importar.
Max resmunga um pouco mais e depois não escuto mais sua voz.
-Vou mata-lo se ele chegar perto de você- diz Leon suavemente.
-Fique a vontade- digo com um sorriso -o que aconteceu?
-Eu mordi ele
-E dai?- digo
-Ele pode morrer daqui algumas horas- diz e então eu o encaro
-Por causa do veneno?- digo me lembrando da noite em que eu levei uma mordida dessa
-Sim, pelo menos isso me ajudou a voltar ao normal.
-Tanto faz- digo.
-Quer entrar?
-Quero- digo -ela está lá em cima
-Tudo bem- diz -quero vê-la.
Não faço ideia do porquê, mas sinto uma alegria imensa ao ouvir ele dizer essas palavras.
Ao entrar na cabana sinto Max me acompanhar com o olhar, mas apenas ignoro.
Subo as escadas e Leon segura minha mão ao entrarmos no quarto.
Luna esta com ela no colo, lhe dando um líquido avermelhado, mas não parece sangue.
-É só sangue de dragão- diz Luna
-Só sangue de dragão?- digo
-É a seiva de uma árvore- diz ela sorrindo
-Ah- digo sorrindo um pouco
-Quer segura-la?- pergunta Luna a Leon
Ele hesita por alguns segundos enquanto olha para mim, depois afirma com a cabeça e a pega no colo.
Ela resmunga um pouco, mas então agarra sua camiseta nas mãos, como fez com a minha, e fecha seus olhos.
-Ela é muito fofa- diz Leon, que olha com um sorriso para Serena.
-É mesmo- diz Luna antes de sair.
-Serena, é?- pergunta Leon me encarando com um sorriso torto nos lábios
-É - digo com o mesmo sorriso torto no rosto, antes de soltar uma gargalhada.
-Eu pensei em Galadriel- diz ele e eu tenho que fazer uma força enorme para conter uma crise de risos
-Senhor dos Anéis?- digo e ele sorri -sério?
Ele balança a cabeça enquanto ri e então olha para mim.
-Quer ficar com ela?- pergunta ele
-Ela não é um cachorro sabia?- digo encarando ele -é só um bebê, nós temos que ficar com ela, talvez Marie possa cuidar nela no palácio...
Leon afirma com a cabeça enquanto balança os braços pra lá e pra cá, como se estivesse cantando uma canção de ninar em sua mente.
-É uma música que eu ouvi enquanto estava no vilarejo em Odile- diz ele
-Como se chama?- pergunto
-Não sei, é uma língua antiga- diz -mas é algo sobre um lobo faminto que vaga pelas florestas que come criançinhas
-Sombria- digo sem jeito
-Sim- diz com uma risada -ela é não parece tão sombria quando você não conhece seu significado...Ela dormiu.
-De novo- digo rindo um pouco
-Bebês geralmente dormem muito- diz ele colocando Serena na cama
-Uhum- digo me encostando no batente da porta.
-Devia dormir também- diz
-Não estou com sono
-Deveria mesmo dormir- diz Max aparecendo atrás de mim, reviro os olhos e então eu o encaro -sentiu minha falta princesa?
Estava prestes a fazer um comentário irônico quando Leon caminha com passos duros em direção de Max.
-Se chegar perto dela, se sequer respirar o mesmo ar que ela -esbraveja Leon enquanto Max prende a respiração debochando de Leon -vai desejar que essa mordida tenha te matado.
-Relaxa, pulguento- diz Max com um sorriso nos lábios -até por que se não fosse por mim, você provavelmente estaria se lamentando por ter partido o corpo da sua parceira ao meio.
Isso faz com que uma onda de tristeza passe por Leon, mas ele não a deixa transparecer.
-Faça um favor a todo mundo e morra Maximus- diz Lissa limpando as unhas em sua jaqueta de modo distraido -ou então pelo menos cale a boca, antes que eu mesma arranque sua língua -ela enfim levanta o olhar enquanto da um sorriso angelical para Max que a encara.
-Lissa- diz Max com desprezo
-Já faz um bom tempo, Maximus- diz ela
-Pare de me chamar assim- diz ele
-Mas porquê?- diz com uma falsa inocência -sua mãe adorava te chamar assim
-Pare- diz ele, seus punhos serrados
-Então cale a boca- diz com uma risadinha
Max olha para dentro do quarto, respira fundo, desce apressadamente a escada e então a porta se abre e Max a fecha com violência, fazendo com que as janelas tremam um pouco.
-Como conhece Max?- a pergunta escapa por minha boca
-Nossos caminhos se cruzaram na época que Max ainda era muito jovem
-Mas Marie.. ela nos disse que não a conhecia- digo
-Ela vivia junto com o pai de Max, não teria como me conhecer- diz enquanto se virava para sair -iremos para o mundo humano ao entardecer, então seria realmente melhor se você dormisse
-Mesmo depois de tudo o que aconteceu hoje?- pergunto -não quero ir, vou ficar bem se ficar aqui, não vou sentir saudades de casa- minto.
-Não estamos indo ao mundo humano por sua causa chérie- diz Lissa
-Mas Luna, ela...
-Estamos indo ao mundo humano porquê a Joia da minha mãe está lá, isso foi só uma desculpa para Luna querer levar você
-Ah...- digo baixinho
-Durma chérie- insiste Lissa agora descendo as escadas
Entro no quarto novamente e encaro Leon.
-Eu vou ficar bem- diz -afinal, alguém precisa cuidar dessa coisa -ele aponta para Serena.
-Se você ficar eu também vou- digo me sentando na cama com cuidado
-Você sabe o que vai acontecer se eu ficar daquele jeito...
-Mas Luna me disse que quase não existe magia no mundo humano- digo como uma criança birrenta -então você não vai ter mais instintos de namorado assassino
Ele faz uma careta quando digo as palavras "namorado assassino".
-Desculpe -digo rapidamente
-Vamos dormir, resolveremos isso mais tarde, Sabine.
-Tá- digo baixinho, tiro meus sapatos e a blusa de Leon que eu estava vestindo.
Me deito ao lado da pequena, enquanto Leon se deitava no chão de madeira ao meu lado.
Fico me virando até conseguir dormir, estava com medo de dormir, já que Max agora estava solto e poderia facilmente me fazer ter pesadelos terríveis, mas ao invés disso, tive um sonho maravilhoso, onde eu estava em nossa casa de campo junto com minha mãe.
Seus cabelos encaracolados e ruivos estavam presos em um rabo de cavalo desarrumado, eu quase havia me esquecido de como ela era bonita, sardas salpicadas por seu nariz e bochechas, pés-de-galinha apareciam no canto de seus olhos quando ela sorria, estávamos deitadas no sofá, minha cabeça em seu colo enquanto ela fazia cafuné em meus cabelos , dizendo hora ou outra que me amava.
Meu pai estava rindo, coisa que ele não faz a muitos anos, enquanto joga cartas com Anthony e Sally.
Acordo com lágrimas em meus olhos, pisco algumas vezes para fazer com que elas sumam, mas não consigo dormir mais depois disso.
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Uhuuuuuu voltou, muito bom, agora confesso que estou esperando mais capítulos igual ao vigésimo terceiro capítulo rsrs ou um conteúdo a parte sobre o mesmo.
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