Lua de Sangue- Décimo Quinto Capítulo Pt 2
-Você fez o que?!- disse Luna espantada
Eu estava de joelhos no chão, com as mãos na cabeça.
Luna e eu não estávamos conversando a muito tempo. Ela veio perguntar se eu precisava de alguma coisa e eu estava com a cara toda inchada.
Ela perguntou o que havia acontecido e eu contei tudo a ela.
-Eu o beijei- sussurrei, abaixando a cabeça - não sei porquê fiz isso, ontem mesmo eu estava convicta de que estava perdidamente apaixonada por Max, e agora que ele foi embora é como se... como se eu não sentisse mais nada por ele, nem sinto tristeza por ele ter ido embora, apenas raiva por ele talvez ter matado Sírinx, fora isso, quando penso em Max, a única coisa que imagino é um grande vazio...
Luna me encara com uma cara... de que? Pena?
-O que foi Luna- pergunto baixinho
Ela pisca.
-Nada...
-Luna, me diga...
-Nada- repete
Eu suspiro.
-Luna, eu estou perguntando isso como uma amiga, então por favor, me diga!
Ela se senta ao meu lado e aperta minha mão.
-Alguns de nós, pessoas de fora do circulo dos líderes, estamos percebendo algumas coisas...incomuns- diz e eu pisco, confusa -é só Max dar alguma ``ordem´´ para algum deles e... puf! Eles obedecem, isso não é muito comum.
-Hã?
-Sabine, Max não sabe apenas ler mentes, ele também pode controlar o que você pensa, o que você sente
-O-o quê?
-O que quero dizer é que talvez você não ame o Max e ele não te ame.
Eu não amo ele e ele não... me... ama?
-Mas por que ele faria isso?- pergunto com a voz embargada
-Bom, eu tenho duas teorias- ela diz - Um: ele está te usando para poder controlar os líderes de forma indireta...
Eu respiro fundo e penso nessa opção.
-Dois: bom, como ele diz:`` seu sangue é tão doce...´´- ela diz imitando a voz de Max, tenho que rir -agora imagine Max como um garoto mimado, o que não é muito difícil, e imagine você como... um pirulito.
-Um pirulito?- digo, arqueando minhas sobrancelhas - sério?
-Psiu!- ela diz - bem, como eu ia dizendo, você é um pirulito que ele não quer dividir com ninguém,e pelo modo que ele vê, o único jeito de conseguir isso, é fazer você se ``apaixonar´´ por ele.
-Ah- murmuro
-E ele é um homem, então...
-Ele estava me usando- digo o óbvio
Eu me levanto e ela também
-Acho que sim...- ela diz -sinto muito...
-Não sinta!- digo dando um sorriso -não é culpa sua
-Sei disso- diz
-Temos que conversar sobre Max estar controlando o conselho mais tarde- digo
-Sim- diz -ah! agora que faltam menos de um mês para a Lua de Sangue, você precisa estar preparada para assumir o trono e aprender a controlar sua sede, posso te ajudar com algumas coisas!
-Isso seria ótimo- digo com um sorriso tímido.
-Até amanhã alteza, virei para te ensinar algumas coisas
-Tudo bem- digo - e me chame só de Sabine
Dou um sorriso duro.
-Claro- diz - Sabine é muito melhor
-De fato- eu ri
Luna sai e eu decido me deitar.
Ela tem razão, não sinto nada por Max.
Mas...
Que ótimo! Um ``mas´´, bom continuando...
Mas se isso é verdade, será que sinto algo por Leon?
Não, claro que não! Ele é só um amigo!
HA HA!
Mas se ele é só um amigo, por que eu o beijei e me senti daquela forma perto dele?
Eu queria que ele me quisesse, queria ser apenas dele e também queria que ele me pertencesse.
Mais que droga!
Acho que a vozinha na minha cabeça tem a resposta para a minha pergunta.
``Você sente algo por ele!´´ a vozinha diz.
Cale a boca vozinha dos infernos!
Me viro e encaro minha mesa de cabeceira.
A pulseira de Leon está ali, estico o braço e a pego.
É feita de couro preto, tem um corvo entalhado de madeira bem no meio dela, também preto.
A coloco em meu pulso, devolverei ela amanhã, se tiver coragem de encara-lo frente a frente.
Continuo pensando em Leon.
Me lembro de nosso beijo, então sorrio.
Logo adormeço.
⛤⛤⛤
Acordo em meu quarto.
Provavelmente essa vai ser uma manhã bem normal. Vou me arrumar para ir ao colégio , vou descer para o café da manhã, gritar um pouco com meus irmãos e esperar Chris me buscar de carro para irmos pegar as meninas.
Ouço passos na escada, deve ser meu pai.
Ele abre a porta.
-Bom dia, papai- digo automaticamente e me levantando, mas não recebo nenhuma resposta -papai?- pergunto novamente.
Ele pega uma foto nossa que estava sobre minha escrivaninha e da um sorriso triste, caminho até ele.
-Pai?- digo e ele passa as mãos em seu rosto para se livrar de suas lágrimas.
Por que ele não me ouve? E por que ele está chorando?
-Pai!- eu grito
Nada.
Agora eu estou chorando.
Antony entra em meu quarto e coloca a mão no ombro do papai, tentando tranquiliza-lo.
Deus, meu irmão está chorando!
Nunca em minha vida o vi chorar.
-Eu sei, pai- diz Antony -ela faz falta.
Falta? Eu faço falta?!
-Demais- diz meu pai -não acredito que ela também se foi...
Se foi!? Como assim, se foi?!
-Você morreu, não se lembra?- diz uma voz familiar - olá, Sabine
-Max- digo, com raiva
-Como vai?- ele diz -fiquei sabendo que está a fim do cão sarnento, muito fofo, na minha opinião
-Não quero saber sua opinião- digo furiosa -por que eles não me escutam? Onde estou?
Aponto para minha família.
Ele suspira e estala os dedos, eles somem.
-Estamos em um sonho- diz calmamente -bem, parece que você descobriu o meu segredinho, não é?
-Por que fez aquilo?- digo -por que estava controlando o conselho?
-Estava controlando a todos por que devia um favor para meu tio, e não podia deixar que que ninguém estragasse meus planos.
-Planos?
-Exatamente- diz - ele tem algo que eu quero, então estou controlando o conselho para que ele me entregue o que eu preciso.
-E por que ele iria querer que você controlasse o conselho?
-Ora, Sabine eu achava que você fosse um pouco mais inteligente- diz revirando os olhos - quem você acha que iria querer que eu fizesse isso?
-A única pessoa que me vem a cabeça quando penso em alguém querendo derrubar o conselho é Milles- digo - mas você disse que... Você é sobrinho de Milles?!
Ele passa a mão em seus olhos de forma teatral e então sorri.
-Surpresa- diz
-E o que ele pode ter de tão importante para você querer trair o reino? Trair sua irmã?!
-Minha mãe- diz devagar -preciso dela de volta
-Você me disse que ela estava morta- digo baixinho, não me surpreende ele ter mentido
-Eu não menti, ela está morta- diz - e eu a quero de volta, mas para isso preciso obedece-lo, mas isso não interessa você, mas veja pelo lado bom- ele sorri -eu vou mata-lo e isso tudo acabará, vou fazer ele ter o que merece, faze-lo pagar por ter feito minha irmã e eu sofrer.
-Então Marie também está...
-Não, ela não sabe de nada- diz - e por isso, você vai esquecer de tudo isso quando acordar, só se lembrará do que eu quiser.
-E pra ter isso tudo você teve que brincar com meus sentimento?- sussurro, ignorando a parte que não fazia sentido
-Talvez- diz
-Por que matou Sírinx?- sussurro
-Não fui eu
-Aham- digo secamente -me de um bom motivo para acreditar nisso.
-Bom, primeiro: eu não preciso te provar nada- diz -dois: eu estou de bom humor, então somente por isso te direi o que aconteceu, Sírinx estava me ajudando da localizar uma coisa, uma joia, pra ser mais específico, e algo me diz que Milles descobriu, então ele mandou um de seu peões para matar Sírinx, então eu fuji, eu a queria viva tanto quanto você...
-E deixou ela para morrer!- digo, interrompendo-o fervendo de raiva - covarde!
-Olhe a boca- diz sorrindo -Não me provoque bonitinha
Olho feio para ele, tudo bem eu admito, não foi a coisa mais ameaçadora para se fazer, mas eu ainda sou só uma humana, então tudo o que eu posso fazer é olhar feio para ele e jogar algumas verdades em sua cara...
-Por que me usou?- pergunto
Ele caminha até minha janela.
-Bom, Sabine quero que saiba que eu realmente gosto de você, bem não você, do seu sangue- ele sorri -Precisava manter você por perto e, essa era a única maneira...
``E eu sou homem, então essa foi uma maneira de eu me divertir...
-Você é nojento!- digo -louco e um pervertido!
Sua expressão se contorce e ele agarra meu braço.
-Ai!- grito
-Cala a boca!- ele grita e eu fico paralisada. Ele fecha os olhos e respira fundo enquanto eu o olho incrédula -tome cuidado com o que você diz para mim mocinha, ou vai se arrepender...
-Ah, é! E o que vai fazer? Você não é real, é só um sonho!
Ele sorri diabolicamente e aperta mais o meu braço.
-Eu posso até estar no seu sonho, mas eu sou bem real- ele diz - sabe, Sabine existem coisas que as pessoas não sabem sobre mim, e controlar sonhos é uma delas.
``Eu posso criar imagens, sentimentos e você só pode acordar quando eu permitir.
Ele continua apertando meu braço, aumentando a força e eu solto um gemido de dor.
-Então é isso? Você não vai mais me deixar acordar, vai fazer com que eu sofra eternamente- digo, olhando em seus olhos.
Max sorri e diz em meu ouvido:
-Não minha querida, apesar de ser uma tentação bem grande, não, não vou fazer isso, vou fazer você ter medo de fechar os olhos, porquê toda a vez que fizer isso, eu vou estar aqui. E não há nada que você, seu amado ou aquelas anjinhas possam fazer para conter isso, sempre que você dormir, seu show de horrores particular estará aqui, te esperando.
-E pra que isso!? Você não pode mais tomar meu sangue- eu acho, penso -então para que isso?
-Ah, Sabine, sabe o que é melhor do que o seu sangue?- pergunta, sussurrando em meu ouvido - o seu medo. Sentir o cheiro dele é excitante, como sexo talvez...
-Você é nojento!- grito
-Não Kitter, eu sou um vampiro.
-Achei que você me amava, como eu fui tola!
Ele sorri e cheira meu pescoço.
-Ah, princesa... Eu te amo!- diz -é como meu tio diz, nós vampiros não amamos com o coração, amamos com o estômago. E eu estou perdidamente apaixonado por você.
Ele me joga contra a parede e sinto algo quebrando, acho que são meus ossos, eu caio no chão e ele se joga em cima de mim segurando minha cabeça e meu ombro, deixando meu pescoço amostra.
Eu grito pedindo ajuda, mas não há ninguém além desse assassino.
Não consigo me mexer, sinto seus dentes rasgarem meu pescoço. Tento gritar, mas não consigo, ele havia arrancado um pedaço de minha garganta.
⛤⛤⛤
Acordo gritando em plenos pulmões, pulando da cama e caindo no chão. Olho ao redor, não tem ninguém.
Foi um pesadelo, pior, foi real. Respiro fundo varias vezes para me acalmar, quando o pânico passa eu me levanto e vou até o espelho.
Nenhum hematoma, nenhum osso quebrado, nenhuma mordida. Mas a dor ainda está lá.
Será que vai ser assim todas as vezes que eu acordar? Vou sentir medo toda a vez que fechar meus olhos?
Sinto uma sensação estranha, como se eu devesse me lembrar de algo, mas não sei o que. Isso incomoda.
Olho para a janela, está escuro. Quanto tempo eu dormi?
Fecho os olhos e me lembro da sensação de ter minha garganta rasgada pelo ``amor da minha vida´´ , como pude ter sido tão burra? Como pude ter vindo para esse mundo horrível?
Mexo na pulseira de Leon que está em meu pulso, queria que ele estivesse aqui comigo, me confortando de modo desajeitado, passando as mãos em meus cabelos enquanto estou aninhada em seu peito e dizendo que tudo iria ficar bem, que ele não deixaria que nada de ruim acontecesse comigo, como sempre faz.
Me sento no chão e minha visão fica borrada, logo as lágrimas escapam de meus olhos, caindo ferozmente.
⛤
Eu dboa acreditando que o Max gostava dela mas não... ele é só um grande pa* no c*. Maxine morreu mas agr a única coisa que eu quero é que essa menina voe e senta no Leon e que o Max seja enforcado mas antes que enfiem uma estaca de madeira nele e enchem o c* dele com 3kg de alho. Nossa que ódio desse escroto.
ResponderExcluirCapítulo muito bom, amei 😌❤