Lua de Sangue- nono cápitulo

                         Fênix azul: significado e história na mitologia - Maestrovirtuale.com                                       

    Nestes últimos três dias, Leon e eu ficamos mais próximos... mais ou menos, ele ainda me enche de patadas, mas as vezes ele também é gentil comigo.
    Quando Max tentou conversar comigo, Leon me protegia e as vezes o ameaçava de morte e eu ficava muito agradecida, não sinto nenhuma vontade de perdoa-lo.
    Descobri que minha família achava que eu estava morta, meu avô disse a eles que eu tinha me afogado e que não conseguira me salvar, perdendo meu corpo no mar. 
    Não sabia como me sentia com tudo isso, estava muito confusa, Leon ficava comigo o dia todo, descobri que os pais biológicos dele também achavam que ele estava morto, pelo visto essa era uma desculpa padrão para quando algum humano se transformava em um ser sobrenatural.
    Por incrível que pareça, não estou chateada com isso, nunca fui muito ligada a minha família, as únicas pessoas de que  realmente sentiria falta seria de Anthony e meus amigos, mas eu ainda tinha esperanças de que quando eu conseguisse controlar minha sede por sangue eu os veria de novo, mesmo que a distancia.
    Foi Leon que me deu essa ideia, ele realmente é muito gentil quando quer, disse até que não era tão  estúpida quanto eu parecia, ele fazia com que a dor de ser traída por Max sumisse quase por completo.
    O sol já está sumindo quando olho pela janela, é noite de lua cheia.
    Hoje vamos para a floresta para Sírinx me ensinar a manusear o arco e flecha.
   -Ruiva?- chama Leon abrindo a porta do meu quarto- está pronta?
  -Quase!- grito de dentro do meu closet- que tal?
    Saio o dou um rodopio para mostrar minha roupa a Leon.
    Eu coloquei uma calça jeans preta e uma blusa regata vermelha, botas de cano curto marrons e prendi meu cabelo em uma trança longa.
   -P-perfeita...- diz gaguejando, ele está fazendo uma cara engraçada
   -Podemos ir?- pergunto enquanto ele me encarava
   -Hã?- diz- ah! sim, claro.
    Dou uma risadinha.
   -Ruiva?
   -Hm?- digo, me virando para ele
   -Não conte isso para ninguém, principalmente para Marie, Ciara ou Ari- diz- não temos permissão para ir até a floresta, elas me matariam.
   -Tudo bem- digo- vamos?
   -Sim- diz, abrindo a porta- seja discreta
   -Ok!- digo revirando os olhos.
    Ele fecha a porta e caminhamos até as escadas.
    Quando eu estava descendo, sinto ele passar o braço por minha cintura e quase tenho um treco, assim que eu ia perguntar o que ele estava fazendo escuto a voz de Max e me viro instintivamente, mais que droga!
   -Aonde vocês vão?- pergunta, encarando Leon que estava me abraçando.
   -Leon e uma amiga vão me ensinar a lutar- respondo e sinto um beliscão em minha cintura- ai!
   -Você não sabe guardar segredo, não é?   
   -Ele lê mentes sabia? é meio impossível esconder algo dele- digo irritada- não conte a ninguém!
    Max me encara 
   -Com uma condição- diz, com um sorriso malicioso
   -Só me faltava essa- resmunga Leon
    Eu o encaro, curiosa.
   -E qual seria?- pergunto a Max que olhava em meus olhos
   -Você tem que me desculpar, é tudo o que quero.
   -Claro que quer- murmuro
   -Vai me desculpar ou não- diz com uma onda de impaciência repentina
   -Sabe que não posso fazer isso- digo
   -E sabe que eu posso contar sobre sua escapada noturna junto com Leon para a floresta de Idylla para Ciara, não sabe?- diz
    Idiota.
   -Tá, eu te perdoo, mas vou deixar claro que estou fazendo isso contra a minha vontade- digo
    Max sorri e corre até mim, fazendo Leon me soltar.
   -Senti sua falta- sussurra Max me abraçando- e eu sei que você sentiu falta de mim também...
    Na verdade não, penso.     
   -Também senti sua falta- digo, involuntariamente.
    QUÊ?!
    Porquê diabos eu disse isso?
   -Eu vou vomitar- diz Leon para chamar nossa atenção
    Max o encara com cara de poucos amigos e eu seguro sua mão para acalma-lo.
   -Não faça eu ter que te matar- diz Leon para Max que fica quieto.
   -Agora vamos- digo- combinamos que chegaríamos ao anoitecer, Sírinx deve estar esperendo.
   -Vamos- diz Max
   -Como é?- pergunta Leon
   -Eu também vou- diz Max- e não há nada que você possa fazer para me impedir 
   -Não acredito que vou ter que aguentar esse sangue- suga pelo resto da noite- reclama Leon
   -Não apenas hoje, pelo resto da sua vida! é bom você se acostumar.- diz Max, passando o braço em volta dos de Leon
    Parecia que ele iria arrancar a cabeça de Max.
   -Tira a patinha
    Max riu e se afastou.
   -Você tem as mesmas mudanças de humor de uma garota sabia?- disse a Leon 
   -Eu ainda te mato- resmungou.
    Não consegui conter uma risada
   -Mereço- diz Leon se virando para descer as escadas
    Max e eu continuamos rindo e eu acabei engasgando.
    Leon se virou para me olhar e riu.
   -Que cara é essa ruiva?- pergunta
   -Ah, cala a boca!- digo rindo, tentando me recompor 
    Ele da uma risada.
   -Vamos- disseram Max e Leon em uníssono
    Eu sorrio.
   -Tão adorável- digo
   -Cala a boca- dizem os dois
   -Sério?- diz Leon encarando Max que sorria para mim
    Talvez eu tenha sentido falta de Max, toda aquela raiva que eu sentia se dissipou assim que Max olhou para mim. Agora eu me sentia feliz, ver ele sorrindo daquele jeito, me fazia feliz.
    Quando chegamos para nos portões do palácio eu olhei para o céu, a lua cheia brilhava com todo o seu esplendor.
    Leon se aproximou mais de mim e disse:
   -Quer ver minha forma de lobo? posso te levar, chegaremos mais rápido- disse com uma expressão vazia e olha para Max que fechou a cara- se quiser...
    Digamos que eu estava com vontade de provocar Max um pouco.
   -Eu adoraria- digo, dando um sorriso tímido
   -Legal- disse, sorrindo um pouco
    Ele começou a tirar sua camisa e eu paralisei, olhando para seu corpo, em choque. Mas eu não estava reclamando.
   -Tá fazendo o que?- pergunto, fitando seu rosto
   -Pra onde você acha que vão as minhas roupas quando eu me transformo?- diz com um sorriso malicioso- não posso me transformar com minhas roupas, ou então elas se rasgam, alias, pode segurar?
    Ele joga sua camisa em minha direção, mas Max a pega antes que chegue em mim.
   -Deixa eu levo as suas roupas- diz Max com um tom nítido de irritação em sua voz
   -Tanto faz- diz Leon
    Agora ele havia tirado sua bermuda e eu coloquei minhas mãos para cobrir meus olhos assim que percebi que não havia nada por debaixo dela.
    AI MEUS DEUS EU VI A COISA DELE!
    Sinto meu rosto arder, como se todo o sangue de meu corpo resolvesse ir para as minhas bochechas.
   -Ei!- grita Max irritado- Mais respeito por favor!
   -É só um corpo- diz Leon com indiferença- pelo amor de deus
   -MAS ISSO FOI COMPLETAMENTE DESNECESSÁRIO!- grito, com uma vontade súbita de rir
   -Tanto faz- resmunga Leon.
    E então eu pude ouvir som de carne se rasgando. Mais que ótimo, Max matou Leon.
    Mas então ouço um som auto e estridente, um uivo.
    Abro meus olhos, rezando para não ver nada que eu não devesse ou Leon caído morto e aos pedaços. Eu vi um lobo, e caramba ele era imenso! seus pelos eram negros e grossos, sua aparência era ameaçadora, a mesma de um caçador, mas seus olhos ainda eram os mesmos, doces. Porém alertas.
    Ele se abaixou para que eu pudesse subir em suas costas.
    Passei a mão em seus pelos, eram duros e tinham alguns nós. Subi com um pouco de dificuldade. 
   -Já pensou em escovar os pelos?- pergunto sorrindo
    Ele rosna.
   -É brincadeira- digo rindo- estou pronta...
    Ele se levantou e começou a correr, vi Max passar a dianteira.
    Com esse ritmo chegaríamos na floresta em menos de cinco minutos, super rápido comparado a caminhada de uma hora que fizemos dias atrás.
 
                                                                ⛤⛤⛤  
 
   -Mais que demora- reclama Sírinx- achei que não viriam mais
   -Culpa minha- diz Max
   -Quem é ele Leon?- pergunta ela, olhando para Leon, agora em sua forma humana e devidamente vestido, com um ar de ``mais que droga é essa´´
   -Sírinx esse é o sangue- suga- diz Leon
   -Max- corrige ele, fazendo uma reverência e indo dar um beijo em sua mão
   -Ah, me poupe!- exclama Sírinx vindo em minha direção, ignorando completamente Max- pronta?
   -Sim- minto
   -Esplêndido! Tome, vai usar esse arco- diz me passando um arco e flecha dourado- cuide dele como a sua vida, ela pode depender disso
   -Obrigado- digo, sem palavras- vou cuidar
   -Sei que vai- disse sorrindo- é um arco encantado, sempre que você precisar dele ele aparecerá
   -Como?- pergunto
   -Ele vai sentir- diz, como se isso fizesse todas as minhas dúvidas desaparecerem
   -Legal- digo
    Ela puxa sete flechas prateadas de seu cinto.
   -Tome, são suas também. Elas nunca erram o alvo, e elas nunca acabam depois de um tempo elas voltam para você, por isso não pode se desconcentrar, se pensar em outra coisa a não ser o alvo, ela erra. Precisa ser bem específica.
   -Entendi- digo, quanta informação!
   -Podemos começar?
   -Claro- digo
   -Certo, vamos começar com o básico- disse- segure mais ou menos no centro do arco para dar mais firmeza...
    Posicionei minha mão esquerda um pouco abaixo do centro do arco.
   -Isso, agora  use três dedos para segurar de leve a flecha na corda. Quando estiver disparando com uma mira, coloque o dedo indicador acima da flecha, assim como o médio e o anelar abaixo dela 
    Tentei processar tudo o que Sírinx estava me ensinando, foi um pouco difícil...
   -QAo atirar sem um alvo, coloque os três dedos sob a flecha e mantenha-os bem perto dos olhos. Apoie a parte de trás da seta com o dedo indicador e mantenha-a reuando estiver disparando sem um alvo, coloque todos os três dedos abaixo da flecha, trazendo ela  para bem perto do olho, use o dedo indicador para apoiar a parte de trás da flecha deixar ela retaAo atirar sem um alvo, coloque os três dedos sob a flecha e mantenha-os bem perto dos olhos. Apoie a parte de trás da seta com o dedo indicador e mantenha-a reta- diz
   -Assim?- pergunto um pouco insegura
   -Exatamente assim- ela me encoraja  com um sorriso- agora aponte o arco na direção do alvo... pode ser aquela árvore- ela aponta para um bordo vermelho- com os dedos na corda, erga o arco e segure-o na direção do alvo, deixe o ombro que está por dentro paralelo ao chão e o arco sempre na vertical.
    Faço exatamente o que ela diz.
   -Tente puxar a corda o máximo possível, assim vai aumentar a precisão e reduzir o efeito do vento e da gravidade. Quando puxar a corda para trás, erga seu cotovelo para usar músculos dos ombros em vez dos músculos do braço, assim fica mais fácil...
     Sinto minhas mãos começarem a soar por conta do meu nervosismo.
   -Mire no alvo, visualize muito bem...agora atire a flecha aliviando os dedos na corda.
    Eu atiro erro o alvo. Droga.
   -Tente de novo- diz Sírinx- esvazie sua mente, pense apenas em seu alvo, inspire profundamente e quando for expirar solte a flecha. Um... dois... três!
    Eu solto a flecha.
   -Errou!- disse Sírinx- Limpe sua mente e focalize o alvo!
   -Eu estou focalizando...
   -Focalize melhor!- ela quase gritou em meu ouvido- você não pode errar! Agora de novo, e sozinha dessa vez!
    Ela se afastou e foi para perto dos rapazes.
    Fechei meus olhos e tentei limpar minha mente e pensar somente no tronco daquela árvore, até que escutei a conversa entre os três.
   -Calma aí loira- disse Leon
   -Você apelida todas as pessoas com base na cor do cabelo?- pergunta Max
   -Basicamente- disse
   -Como você me chamaria?
   -Sangue- suga- respondeu
   -Dá pra vocês calarem a boca- reclama Sírinx
    Eu bufei.
   -Fica meio difícil de me concentrar com essa barulheira toda!- grito
   -Uma batalha nunca é silenciosa!- gritou Sírinx
    Eu abri meus olhos me virei. Abri a boca para dizer que não estava fazendo aquilo para entrar em uma guerra e sim para me proteger sozinha, mas fechei a boca e me virei.
    -Desculpe- digo
    Fechei meus olhos novamente.
    Refiz tudo o que Sírinx havia me ensinado.
    Tudo bem Sabine, você consegue... Um, dois e três...
   -Errou- diz Sírinx- deixa que eu mostro!
    Ela se levanta do chão e de repente um arco e uma flecha de prata estavam em suas mãos.
    Ela atira e acerta.
   -Viu?- diz- simples.
    Eu bufei.
    Tudo de novo...
    Tento transformar minha raiva em determinação.
    Um... dois... três...
   -Ha!- grita Max- Você acertou! você acertou! haha agora Leon me deve dez moedas de prata!
    Eu me virei e sorri, deixando de lado que Leon havia apostado que eu perderia, o que não me surpreende.
   -Meleca- diz Leon.
    Corri até eles.
   -Parabéns- diz Sírinx- eu disse que era fácil
    Max veio me dar um abraço e me rodopiou no ar.
    Eu sorri e retribui o abraço.
   -Vamos continuar?- pergunta Sírinx
   -Claro- respondo, um pouco se vontade.
   -Mas já?- diz Max fazendo biquinho
    Eu aperto sua bochecha
   -Que tal tentarmos com um alvo em movimento- disse Sírinx- que tal um pássaro?
   -Um pássaro?- pergunto desanimada- eu vou ter... que matar ele?
   -Sim! mas relaxe, você vai ``matar´´ uma Fênix, elas renascem das cinzas, esqueceu?
   -Quê?- pergunto
   -Quando você ``mata´´ uma Fênix ela não morre, seu corpo se transforma em cinzas e com o amanhecer do Sol e ela volta a ser uma linda ave, de novo, então ela é imortal- disse
   -Imortal quer dizer que ela não morre- afirma Leon com deboche
   -Eu sei o que é imortal!- digo irritada
   -Então o que me diz?- pergunta Sírinx
   -Eu topo- digo confiante- mas aonde vamos achar uma Fênix?
   -Eu tenho uma, dã!- disse Sírinx
    Ah, claro! como se eu fosse saber que ela tinha uma Fênix, claro. Que boba você é Sabine! Dã!
    Max ri.
   -Pode parar!- digo a ele
   -Foi mal- disse, ainda rindo.
    Sírinx vai até uma árvore um pouco distante de onde nós estavamos.
   -Gold?- chama
    Uma bela ave aparece, sua plumagem é de ouro e parte carmesim, quanto o seu formato e tamanho, são muitos semelhantes aos de uma águia.
    Ela pousou no braço de Sírinx, suas garras eram enormes.
    A ave baixou a cabeça para que Sírinx pudesse passar os dedos em suas penas.
   -Sabine, esta é Gold. Minha fiel companheira de caça- disse
   -Ah, não- digo
   -O quê foi?- pergunta Sírinx
   -Eu vou ter que matar ela?
   -Sim, ou isso, ou ela mata você- disse Sírinx- agora se posicione!
    Me apressei para me distanciar um pouco deles.
   -Ok- digo- pode vir...
    Fecho meus olhos para me concentrar melhor. Acho que dessa vez será mais fácil.
    Não podia estar mais errada.
   -Grrrrrrrrrr- grita a Fênix
    Abro meus olhos, assustada.
    Ela vinha para cima de mim. Furiosa.
   -Abaixe!- grita Sírinx, eu me abaixei e corri com dificuldade. Tentava desesperadamente acerta-la com uma de minha flecha, mas antes mesmo que eu pudesse me virar para encara-la, ela já estava quase em cima de mim, me atacando.
   -Ah!- grito, ela cortou meus rosto com suas garras afiadas.
    Posso sentir o sangue quente escorrendo pela minha pele fria, isso me faz ficar enjoada.
   -Grrrrrrrrr- ela voa em minha direção, mas dessa vez consigo desviar rolando no chão.
   -Princesa!- grita Max- seu sangue... eu não...
    Vejo os olhos de Max ficarem vermelho escarlate. Leon e Sírinx o empurram contra uma árvore.
   -Eu preciso... do sangue!- gritava Max
   -Cala a boca vampiro!- diz Sírinx dando um belo de um tapa em Max  
    Ele rosna para ela.
    A Fênix avança em minha direção e eu grito de dor. Mais um corte, dessa vez em meu braço esquerdo.
   -Dá pra você matar logo essa coisa, ruiva?- grita Leon
   -Me solta seu vira lata bastardo!- grita Max, sem nunca tirar os olhos de mim. Era assustador.
   -Não me obrigue arrancar sua cabeça- ameaça Leon para Max- dá pra agilizar ai?!
   -Calma!- grito apavorada .
   -Impossível!- ele grita
   -Grrrrrrrrrr!
   -Cala a boca ave maldita!- grito
    Respiro e tento acerta-la, mas é tarde demais. Eu já estava caida no chão com ela fazendo vário cortes em meu corpo e puxando meus cabelos com o bico.
    Me viro e tento ir engatinhando para onde meu arco havia caído, mas era doloroso tentar fugir das garras daquela Fênix que furavam minhas costas. Porém com muita dificuldade e consigo chegar até ele e acerto a cabeça da ave com toda a minha força. 
    Ela grita e voa para o alto.
    Me concentro e miro em seu coração.
    A Fênix cai e se esvai em cinzas, desaparecendo.
   -Max!- grito me levantando e saio correndo em sua direção.
   -Sai daqui ruiva!- diz Leon- Sírinx tira ela daqui!
   -É pra já- diz
   -Mas...
   -Vamos!- diz Sírinx
   -Tudo bem!- grito
    Fomos até um riacho para eu poder me lavar e limpar meus ferimentos, que estavam ardendo. Meu corpo todo doía.
    Sai do riacho e me vesti.
    Sírinx estava sentada em algumas pedra olhando para a água. Me sento ao seu lado.
   -Odeio aquela Fênix- digo- sem ofensas.
   -Não ofende- diz sorrindo- tudo bem?
    Ela olha para o corte em meu rosto.
   -Sim, só arde um pouco
   -Que bom
   -É
   -Tem certeza de que está tudo bem?
   -Não- digo baixinho- estou preocupada com Max...
   -Ele vai ficar bem- disse- acho que é coisa de homem  
   -Acho que é coisa de vampiro- digo e Sírinx ri
   -Posso te perguntar uma coisa?
   -Claro- digo
   -Ele já mordeu você?
   -O quê?- digo em choque
   -Essas águas lavam qualquer feitiço- diz, apontando para o meu pescoço- tem uma mordida ai
    Eu ruborizei.
   -Foi ele?- pergunta
   -Sim...
   -Ah
   -Por quê a pergunta?
   -Por nada- diz com indiferença
   -Sei...
   -Quer ajuda para esconder?
   -Eu acho que...
   -Vem, eu ajudo- diz, me interrompendo
    Ela levanta meu cabelo e passa uma folha amassada  na mordida. 
  -Pronto, deve resolver- diz- tome cuidado com ele
    Eu a encaro.
   -Por que?
   -Ele já matou antes, sabe disso, né?               
   -Ele não faria isso comigo...
   -Tem certeza?- diz
   -Sim!- digo, me levantando e começo a andar 
   -Você não é a primeira que diz isso
    Eu paro abruptamente.
   -O que?- digo baixinho.
   -Dafne, era o nome dela. Aconteceu logo quando Max se tornou um vampiro- diz- Ela era uma grande amiga minha, ele se apaixonou por Max e ele por ela. Um dia ela apareceu com uma mordida como a sua, disse que não era nada...
    Eu sento novamente ao seu lado e escuto, atônita.
   -Sabe, o conceito de certo e errado varia muito pra cada ser sobrenatural, para vampiros, matar é normal...
    Sinto como se a cor de meu rosto estivesse sumindo, me sinto pálida.           
   -Quando eu estava caçando com a Gold, ela acertou Dafne. Ela ficou uma fera! Nós brigamos e ela foi correndo para Max, foi a última vez que eu a vi...
   -Sinto muito...
   -Só prometa que vai ter cuidado
   -Prometo- digo- achei que você não o conhecia...
   -Nunca o vi pessoalmente, apena sabia seu nome.
   -Então como sabe que é ele?
   -Max Salvatore, não é?  
    Suspiro
   -Sim...
 
                                                               ⛤⛤⛤
 
   -Boa luta ruiva- disse Leon- essa vai deixar uma marca!
    Ele aponta para o corte em meu rosto, agora quase cicatrizado.
   -É- respondo- Cadê o Max?  
   -Estou aqui- diz ele, estava encostado em uma árvore, me fitando- podemos conversar?
    Balanço a cabeça, afirmando .
   -Vamos andar um pouco- ele se vira para Leon- eu levo ela para o palácio
   -Tá - responde ele- só não faça nenhuma besteira
    Max o ignora e continua andando, mantendo certa distância entre nós.
     
                                                               ⛤⛤⛤
 
    Andamos por um longo tempo sem dizer absolutamente nada.
    Até que Max parou e segurou minha mão.
   -Sinto muito...- diz, traçando círculos imaginários na palma da minha mão.
   -Tudo bem...- digo baixinho
   -Não, não está! já matei por causa da falta de autocontrole.
   -Ah...- digo 
   -Eu sei que você já ouviu falar nela, li seus pensamentos
    Não olho para seu rosto, fico encarando nossas mãos.
   -Ela foi a primeira garota por quem me apaixonei. Era linda e cheia de vida. Um pouco parecida com a Pérola.
    Pérola? Como foi que assunto passou para ela mesmo?  
   -Conheci ela um pouco antes de me tornar um vampiro completo. Estava indo nadar com alguns amigos, foi quando eu a vi. Nos apaixonamos no mesmo instante em que nos vimos.   
   -Hmm- digo desconfortável
   -Depois do ritual de iniciação, eu me alimentava apenas de sangue, ainda posso comer comida humana, mas não me satisfaz como sangue.
    ``A primeira vez que cheguei perto dela depois daquilo, fiquei maluco, tentei me afastar dela, mas ela sempre dificultava as coisas.
    ``Um dia ela veio até mim com um corte no braço, foi quando perdi o controle. Não consegui me segurar.
    ``Ela gritava e pedia para eu parar, eu queria, mas não consegui.
    ``Vi seu rosto rosado e quente ficar pálido e frio. Foi quando ela parou de se debater, foi ai que eu percebi que ela estava morta.
    Não consegui falar nada, apenas fiquei fitando seu rosto.
   -Estou te contando isso porquê prometi que nunca iria mentir para você. Mesmo já tendo feito isso, quero que saiba também que  existem coisas que eu não posso te contar! Não queria ter me apaixonado por você.. Eu não podia! Era pra eu simplesmente ficar de olho em você... Ah, merda! Só, por favor, me perdoe...   
   -Claro que perdoo- digo, abraçando-o
   -Não quero que pense que sou um monstro e um assassino- diz- mesmo sendo as duas coisas. E eu também nunca iria te machucar, não suportaria te perder... E eu sinto muito...
   -Eu também- digo
   -Pelo o que?- ele se afasta e me encara.
   -Não sei- digo, nós rimos
   -Eu te amo Sabine- diz Max
   -Eu te amo Max- sussurro
    Eu me inclinei para beijá-lo, Deus como ele é alto!
    Coloquei minhas mãos em seu rosto e ele me pegou no colo.
    Enrosquei minhas pernas em sua cintura e ele apertava minha coxas e quadril.
Nosso beijo foi intenso e demorado. Pude sentr minha língua quente se enroscar com sua língua gelada várias vezes.
    Até que nos afastamos, mas Max não me soltou.
   -Que tal voltarmos voltarmos ao palácio?- pergunta.
   -Para mim parece ótimo
   -Segure firme- diz
    Nós corremos e eu ri.
    Chegamos ao palácio em menos de três minutos.
    Max e eu ficamos conversando por várias horas, falando sobre assuntos aleatórios.  
    Comecei a sentir meus olhos pesarem.
   -Durma- diz Max  
   -Fique comigo, por favor
   -Tudo bem- diz
    Ele se levanta e tira minhas botas
   -Que pé sexy- brinca Max
   -Cala a boca- digo sorrindo
    Depois ele tirou suas botas e sua camisa
    Que corpo! Jesus! Jesus! Jesus!
   -Obrigada- diz se deitando- boa noite princesa
    Ele me da um beijo na testa        
   -Boa... noite...- digo- eu te amo...
   -Também te amo Sabine- sussurrou
    Me deitei em seu peito e o abracei.
    Ele começou a cantar para mim em uma língua que eu não conhecia. Talvez latim.
    Logo nós dois estávamos dormindo.      
 
                                                                ⛤   
 
 
 
   
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Comentários

  1. Encontrei por acaso esse seu blog, estou gostando, escreve bem, parabéns. A propósito já pensou em escrever contos eróticos?

    Mais uma vez parabéns pelo livro.

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    1. Obrigada, que bom que está gostando!
      Sim, escrever este tipo de conteúdo está em nossos projetos futuros!

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  2. Cada capítulo ficando melhor que o outro a cada um que eu leio.
    Doeu ler tudo isso e saber que ele tá só fingindo, ou sla vai que ele tá sendo sincero ? Mds eu preciso ler kk
    Parabéns pelo capítulo e por esse livro que esta se formando, esta ótimo, é de dar brilho nos olhos a cada capítulo que eu vou lendo (*-*) <3

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